Arquivo in Sônia: Mafalda – Ao vivo no Sesc Campinas (2004)

No final da primeira metade dos anos 2000, Campinas/SP borbulhava em um verdadeiro caldeirão de novas bandas e excelentes músicos, nessa época surgiram bandas como The Blue John Incident, Makazumba, All Jokers, Shame, Infinity entre muitas outras que mais tarde dariam origem a bandas como Golfo de Vizcaya, Thriven e Nova Pasta.

Na época o principal reduto alternativo e ponto de encontro dessas bandas era o Centro Cultural Antimatéria onde aconteciam a maioria dos shows desse período. Em meio a esse turbilhão cultural surgiu uma banda que segundo sua vocalista, Carol Teracine “teve a duração de um espirro”, essa banda era o “Mafalda”.

mafaldaO grupo que contava ainda com a participação de Gabriel Duarte (baixo e voz), Eduardo Miranda (guitarra) e Lucas Penha (bateria), gravou em 2004 provavelmente seu único registro captado durante uma apresentação ao vivo no Sesc Campinas.

Confira abaixo duas músicas retiradas dessa apresentação.

Confira aqui também uma entrevista que realizamos com Carol Teracine em 2013.

Good Coffee!

Golfo de Vizcaya disponibiliza “Há Um Tempo Danço Só”. Escute aqui!

Na última quarta-feira (11/06) a banda campineira Golfo de Vizcaya, formada por Sylvio Scarpeline (guitarra e voz), Bruno Consani (guitarra), Laercio Bizzarri (baixo) e Gabriel Alves (bateria), disponibilizou via SoundCloud seu novo single; “Há Um Tempo Danço Só”.

golfo de vizcayaA música, gravada por Jose Bichoff no Estúdio Sincopa em Campinas/SP, contou ainda com a participação especial de Pedro De Conti (vocalista da banda Thriven) nos vocais e  com o baixo gravado por Mauricio Frazatto (baixista da banda Syndroma).

Confira aqui o novo som da banda e também dois vídeos exclusivos filmados pelo Café in Sônia durante a produção do single!

 

 

 

Good Coffee!

Fotógrafa Júlia Magalhães apresenta exposição “Quintal do Gordo”

No último dia 15/02, sábado, aconteceu no Espaço Cultural Quintal do Gordo em Campinas/SP a abertura da exposição “Quintal do Gordo” da fotógrafa mineira Júlia Magalhães.

A exposição apresenta cerca de 25 fotos (em tamanho A3) captadas durante as apresentações musicais realizadas no espaço, entre os meses de Outubro/13 e Fevereiro/14. A exposição estará aberta para visitação apenas aos domingos, e terá seu enceramento no dia 16/03.

Confira abaixo um pouco do trabalho dessa excelente fotógrafa e click aqui para acompanhar seus outros projetos!

Sobre a Exposição “Quintal do Gordo“: “No período de Outubro de 2013 à Fevereiro de 2014, a fotógrafa capturou em imagens toda a energia, paixão e entrega das bandas e do público que frequentou o “Espaço Cultural Quintal do Gordo”. Aqui vemos um universo onde não existem barreiras entre o artista e público, o ídolo e o fã, onde o elo mais importante é a música, e toda espontaneidade que ela é apresentada e absorvida. O espírito “faça você mesmo” pode ser notado em cada olhar, gesto e sorriso captado, e nos mostra que o intangível não existe aqui!” (Zazá)

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_DSC_4528_DSC_9149_DSC_4641Good Coffee!

Show de reunião das bandas Meia Lua e Soco e Makazumba (Entrevistamos Sylvio Scarpeline, Laercio Bizzarri e Guilherme Negri)

Hoje (Domingo, 15/12) acontece no Quintal do Gordo em Campinas/SP o tão aguardado show de reunião das bandas Meia Lua e Soco e Makazumba, duas bandas importantes e que marcaram o cenário independente local durante a primeira metade dos anos 2000.

O show conta ainda com a participação das bandas Don Rámon (Campinas/SP) e Shame (Paulínia/SP), essa apresentando na integra músicas do disco “Amargas Lembranças”. O Quintal do Gordo ainda irá oferecer um cardápio de culinária vegetariana, sorteio de tatuagens e discotecagem rock com o DJ Crypiton. O show também marca o lançamento do fanzine Canibal Vegetariano em Campinas!

Entrevistamos aqui Sylvio Scarpeline (Vocalista da banda Meia Lua e Soco), Laercio Bizzarri (Baixista da banda Meia Lua e Soco) e Guilherme Negri (Vocalista da banda Makazumba) que nos falaram um pouco sobre o show de reunião, expectativas, planos e muito mais.

promoGuilherme, fale um pouco sobre essa da reunião do Makazumba. Como surgiu a ideia? Como foi voltar a ensaiar as musicas e qual sua expectativa para o show domingo?

Guilherme – A iniciativa partiu do Sylvio, ele bolou uma homenagem ao Makazumba tocando alguns sons com o o Meia Lua e Soco para este show do dia 15. Quando fizemos os primeiros ensaios com o Meia Lua a empolgação tomou conta e não teve jeito, vamos voltar a tocar! Já recrutamos nosso primeiro baterista o Pit e em breve vamos voltar a tocar com a formação completa, inclusive já estamos com 6 músicas sendo compostas (risos).

O Meia Lua Soco também faz um show de reunião neste domingo. Sylvio, fale um pouco dos preparativos do evento e de como surgiu a ideia de reunir as duas bandas? (já que você também participa do Makazumba).

Sylvio – Cara, primeiramente pela vontade de tocar, faz tempo que eu não fazia um show e faz tempo que eu não via a galera colar nos shows underground. Acho que essa vontade que fez eu entrar em contato com Zazá e organizar um evento lá no Quintal do Gordo, que para mim é um dos maiores picos em potencial para bandas e eventos underground. Os preparativos estão se resumindo em muitos ensaios, principalmente por que vamos tocar uma musica inédita no show.

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Quintal do Gordo – Foto: Júlia Magalhães

Guilherme, conte um pouco da história da banda (Makazumba), como surgiu, primeiras formações e também sobre a forte participação da banda na causa animal.

Guilherme – A banda surgiu através de amigos comuns aqui em Campinas e quase sempre se manteve com a mesma formação, apenas variando nosso baterista. O famoso Birinho, conhecido da cena hardcore campineira e que mudou-se para os EUA a alguns anos, então recrutamos o nosso primeiro baterista o Pit. Os demais instrumentos mantiveram-se sempre os mesmos.

Muita gente nos associa a causa animal, fizemos diversas ações na região, de protestos na frente dos rodeios, palestras sobre vegetarianismo, eventos com feijoada vegetariana entre outros, foi a causa mais “panfletaria” da banda e um ponto que sempre batemos muito.

Apesar da causa animal ficar mais evidente nós sempre nos identificamos como uma banda ativista em diferentes causas, dentre as que  escolhemos defender eu acredito que duas foram muito importantes: Ser autoral e o faça você mesmo.

Naquela época, e sinto que isto perdura até hoje no cenário da música da região é um cenário composto por muitas bandas covers. E isto nos incomoda absurdamente, nada contra quem gosta, nós também somos fãs de diversos artistas e bandas mas pra nós isto nunca fez muito sentido.

Estamos no Brasil, em Campinas e nós queremos nos conectar com as pessoas, conhece-las e escutar o que elas tem a dizer.  E o que a gente via era um monte de bandas tentando imitar famosos e se digladiando para ver quem era o melhor imitador. Eu to de boa, já joguei muito imagem e ação quando era criança.

Então iniciamos com um movimento de cantar em português, de falar sobre nossa realidade, falar sobre nossa vida e nos conectar as pessoas ao nosso redor. E foi exatamente isto que aconteceu, junto com outras bandas e pessoas começamos a criar um movimento, iniciamos algo concreto e conjunto.

Sylvio, atualmente você integra a banda Golfo de Vizcaya que está em estúdio gravando seu novo EP. Como está sendo o processo de gravação e quando e como será lançado esse novo material?

Sylvio – Estou ficando muito satisfeito com resultado, não só eu como todos que integram o Golfo e para quem tem banda sabe que isso é raridade, nem todos integrantes de uma banda gostam de entrar em um estúdio e dedicar tempo a isso, é cansativo, existe a cobrança. Mas no Golfo todos entendemos isso. Mesmo que role um atrito ou outro sabemos que tudo vale pelo resultado final.

Pretendemos lançar em janeiro ou fevereiro do ano que vem, assim esperamos (risos).

Laercio, o que vocês tem escutado atualmente de musica independente que poderiam recomendar?

Laercio – A galera do Meia Lua e Soco por si só tem um gosto musical muito parecido, embora em épocas ouvimos sons extremamente diferentes um dos outros, no geral, gostamos das mesmas bandas. Ultimamente, eu pelo menos, de som independente tenho ouvido bastante post-rock e umas brisas instrumentais como Beyond Frequency (a banda do guitarrista do Colligere), Pollux & Castor e Nvblado. Bandas que conseguem colocar, pelo menos na minha opinião, muita inspiração e intensidade na composição das músicas.

Sylvio, você tem vários vídeos publicados na internet sobre culinária vegetariana. Como surgiu essa ideia?

Sylvio – Por essa eu não esperava. Pô cara o primeiro vídeo da serie resume bem o motivo : desemprego e muito tempo de sobra (risos).

Dai foi percebendo que o divertido era reunir os amigos em um fim de semana e fazer uma coisa diferente do habitual. O problema que fazer vídeo é muito difícil, você reunir 3 ou mais pessoas para gravar e participar depende muito da boa vontade dos envolvidos. Por isso que tem muitos projetos  que começam  depois de algum tempo param, parece simples mas não é.

Mas estou longe de ser um bom cozinheiro, quem acompanha sabe (risos). Então para mim é uma aprendizado. O lance de ser vegetariano nem é tanto político, e sim porque simplesmente eu sou vegetariano (risos).

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Quintal do Gordo – Foto: Júlia Magalhães

O Quintal do Gordo é novo espaço que tem aberto suas portas a cultura independente. O que vocês tem para falar sobre o espaço?

Laercio – Que o Quintal do Gordo hoje é um dos picos mais undergrounds da cena independente de Campinas. Lá, bandas totalmente alternativas tem a chance de mostrar seu som pra um público que quer ouvir sons novos ou lendários. Sem contar que é uma reunião gigante de todos os amigos das antigas que tinham e tem bandas que fizeram e fazem a cena de Campinas andar. Pico humilde e 100% responsa.

Sylvio – Underground para vida! Só isso que tenho para falar (risos). Se eu falar mais é igual eu elogiar um grande amigo meu, vou ser sempre suspeito a falar. Tudo tem um fim, assim como o Antimatéria depois o Evolução. Mas acho que o Quintal do Gordo esta só no começo, espero que ao menos uma vez por mês o Lipe e o Zazá façam um evento por la. Esse show mesmo eu frisei que quero que todo dinheiro arrecado vá para pessoal do evento para investir no Quintal ou ate mesmo dar um role depois, afinal fazer um evento underground não é fácil.

Sylvio, como vocês veem o cenário da musica independente hoje em Campinas?

Sylvio – Eu não sei se eu estou por fora ou se o cenário esta por fora (risos). Acho que hoje rola outro tipo de evento com outro tipo de proposta com outro tipo de banda. Talvez por saudosismo eu ainda vejo muito mais valor para qualquer evento que role no Quintal do Gordo. Porque ali é underground mano, hardcore, punk. Lá você não vai porque é uma opção noturna, ou azarar alguém. Lá você vai porque você gosta do underground e gosta de ouvir bandas, ou se não gosta das bandas vai para apoiar o movimento. Mas acredito que a cena que rola hoje nos bares noturnos (Bar do Zé, Woods) são bem mais estruturadas que o role underground. E isso é uma coisa que tem que ser valorizada. E acho que essas bandas que tocam nesses picos tem tudo parar organizarem um evento lá no Quintal. Mas tem que vir para somar!!

Espaço para vocês falarem o que quiser.

Agradecer sempre as pessoas que divulgam o som independente, seja organizadores ou as bandas que fazem isso por satisfação. Espero mesmo que o pessoal compareça e ame esse espaço assim como eu amo também.

Good Coffee!

Conheça Golfo de Vizcaya (Entrevistamos Sylvio Scarpeline)

O ano de 2013 começou com uma grande surpresa vinda de Campinas/SP, a banda Golfo de Vizcaya, formada por integrantes e ex integrantes de bandas como Shame, Makazumba, Cardiac, Meia Lua e Soco, Slasher entre ontras, conta com uma sonoridade visceral, dissonante e cheia de personalidade.

Confira aqui um vídeo exclusivo da banda para o Café in Sônia e uma breve entrevista que realizamos com Sylvio Scarpeline, guitarrista e vocalista, que conta um pouco de como surgiu esse novo projeto.

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Como surgiu a ideia de formar o Golfo De Vizcaya?

Na verdade surgiu de um ensaio que não deu certo. Eu (Sylvio) junto ao Bruno e Laércio estávamos esperando os outros integrantes do “Meia Lua e Soco” chegarem, e eles não chegaram (risos) . Resolvemos então fazer um som para aproveitar o ensaio, e de repente estávamos compondo a musica “Eulina”. Daí para frente foi só achar um batera, que foi a parte mais difícil.

E o porquê do nome?

A principio estávamos com alguns nomes para aprovação, e o “Golfo de Vizcaya” era um nome que tinha agradado quase todos da banda. Procurando pelo Google achei a foto de um barco tirada no próprio golfo pelo fotografo Manuel Hérnandez, e nos acabamos gostando tanto da foto que não só adotamos o nome do local como também usamos a foto para capa de apresentação da nossa banda.

Quais são as principais influencias da banda?

Acho que todos nós escutamos muitas coisas. É difícil falar uma referencia porque até mesmo as bandas que mais gostamos não têm muito a ver com o Golfo. Eu particularmente acho que tem muito Smashing Pumpkins ali, mas um fã de SP pode falar que não consegue visualizar alguma influencia deles na banda. Mas algo que seguimos, e acredito que todos integrantes compartilham da mesma opinião, é seguir a proposta sonora de bandas como Sigur Rós e Pink Floyd. Talvez nem tanto o Taddei que entrou mais tarde na banda, mas os outros integrantes acredito que sigam a mesma ideia.

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Há planos de um disco completo?

É um sonho acho que de toda banda, E a concretização de uma obra. single é legal, mas parece ser um quadro pintado pela metade sabe?!
Mas a musica “Eulina” deu muito trabalho para ser finalizada, então acredito que vamos manter lançando singles. No final vamos montar um Box com as faixas demos e alguns sons só com a parte instrumental para “vender”. Mas nada realmente definido

E shows? Quando vão começar a rolar?

Acredito que logo, estamos no momento criando mais musicas e é um processo bem demorado. Nosso objetivo é ter um repertório de uns 30 minutos, chegando nesse tempo já vamos tentar arrumar contatos para fazer show.

Como andam os demais projetos dos integrantes da banda? Cardiac, Meia Lua e Soco, Shame, outros…

Dos integrantes só dois tocam em outras bandas; o Taddei (Slasher) e o Bruno (Shame e A Fantástica Madame).
O Slasher esta para lançar o novo single deles que particularmente achei ANIMAL. E tanto o Shame como a Madame estão se preparando para entrar no estúdio e gravar um novo CD.

Impossível não relembrar do Makazumba, banda local que você integrou na primeira metade dos anos 2000. Por onde andam os integrantes? Não há chance de um show de reunião da banda?

Acho que não, o Danilo (Biro) mudou de pais, o Guilherme (Hits) faz faculdade em outra cidade, o Guilherme (Vocal) mora hoje na cidade de Paulina, por Campinas mesmo só eu e o Humberto.
Mas eu hoje não tenho esse desejo de tocar. Talvez aconteça, mas muito difícil falar.

Vídeo promo “Golfo de Vizcaya”

E seu trabalho com produção e gravação de bandas? Conte um pouco sobre ele.

Trabalhei dois anos no estúdio do Ricardo Piccoli e não tive experiência melhor. Aprendi muita coisa, principalmente dentro da gravação. Aprendi muito com as bandas, as ruins e as boas, todas tinham algo para passar e acrescentar sem falsidade. Gravei diversas bandas da região que infelizmente não tenho mais contato. E acredite o cliente da música é o pessoal mais bacana de se trabalhar, porque aquilo ali para muitos é um sonho, e você percebe a empolgação misturada com a ansiedade que eles transmitem.
Infelizmente o Piccoli mudou de pais e eu acabei deixando o estúdio. Hoje eu só estou pegando alguns trabalhos de edição de áudio e gravando projetos pessoais. Mas aqui em campinas tem estúdios muito bons. A música “Eulina” foi gravada no estúdio do Mario Porto em Barão Geraldo e no Sincopa, eu recomendo os dois sem sombra de duvida.
Mas espero voltar a trabalhar com áudio em um estúdio. E só para não deixar passar queria agradecer o Fernando Quesada, ele me ensinou quase tudo que sei sobre áudio, foi um cara que me ajudou muito.

Fora a música você também atua na área de produção áudio visual, certo?

É o que eu estou focando no momento, a minha formação foi em cinema. Mas estou retomando esse tempo que parei para estudar áudio, então estou pegando alguns projetos pequenos para trabalhar. Esse mês mesmo vou gravar o clipe de uma banda que chama “Sonora”, vai ficar bem bacana.

Como você vê a cena local atualmente em relação a shows, bandas e casas destinadas a música independente?

Olha sinceramente estou um pouco por fora, o motivo é simples: as bandas novas não me atraem (com exceções). Simplesmente porque eu não sinto ali que eles estão fazendo um som porque gostam disso, e sim estão lá porque eles querem colocar nas suas redes sociais que tem uma banda! No estúdio mesmo tinha banda que cada mês gravava uma música de um estilo diferente…
E as casas de show só tem rolado cover. Não vejo problema em cover porque alguns eu vou, mas sabe quando você fica olhando a banda tocar e pensando: Tá legal, mas me mostra algo novo… Só que isso não é culpa da banda, ou da casa de show, ou do publico, e sim de diversos fatores que acredito, mas não falarei aqui porque iria prolongar muito a resposta.
Mas comparado com antigamente a estrutura é bem melhor, ridiculamente melhor. Mas hardcore é hardcore, e o que gostamos é ir no “Quintal do Gordo” e fazer um show com muito esforço de todos, principalmente dos organizadores! (e acredite, era muito bom, não existe ironia no que falo).
Só que o lance é que quem organiza os eventos de hardcore muitas vezes faz pela paixão, e para mim falta juntar a paixão com o negocio, ou seja, ele tem que ganhar grana para fazer o evento. O organizador precisa ganhar para pagar as bandas e pagar seu trabalho. Só que isso esbarra no gasto do aluguel de equipamento e até mesmo do próprio lugar. O Brasil não é o país do rock e muito menos do hardcore, acho que falta então um acordo melhor entre as partes envolvidas (dono da casa de shows, organizador e banda) para todos saírem ganhando. Mas tudo é um sonho.
Tudo é discutível e eu posso estar velho demais (risos). E só para deixar claro tudo isso é sobre a cena de campinas, de outras localidades só quem é da cidade para saber.

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Quais bandas você poderia citar como destaque atualmente na cena de Campinas?

Com certeza Slasher , Blue Barrel, Thriven, uma que nunca mais ouvi falar que é Teatro Asfalto, AQUëLES!… Tem outras que não vou me lembrar, mas essas bandas são as que eu gosto, o som me agrada. Mas tem outras bandas de destaque que tem um som de altíssima qualidade como o Lisabi, Huaska, Drákula, Cardiac e entre outras.

Espaço para você falar o que quiser.

Queria agradecer três pessoas, A Ricardo Piccoli que foi quem mixou e martirizou a música “Eulina”; A Danilo (Biro) que compôs quase que toda a batera da música; e Gustavo Lima por me ajudar no período da finalização da música.

Good Coffee!

Meia Lua e Soco lança clipe de “Da Janela Nâo Vejo Fim”

No último dia 22/11 a banda Meia Lua e Soco (Campinas/SP) disponibilizou via Youtube o seu mais novo vídeo clipe: “Da Janela Nâo Vejo Fim”

Com direção e edição de Sylvio Scarpeline de Castro o clipe apresenta a banda em seus shows ao lado de amigos e fãs.

Confira aqui uma pequena entrevista que realizamos com o Meia Lua e Soco em Agosto de 2010 quando a banda anunciou sua volta aos palcos!

Good Coffee!

Mudança de data do Festival Boicote 3

O espaço ANTI-MATÉRIA foi lacrado e esta impossibilitado de sediar o evento.

O problema ocorreu apenas 3 dias antes do evento e fizemos o possível para encontrar outro local mas infelizmente devido as festividades nenhuma casa de show conseguiu nos atender.

Por esta razão resolvemos adia-lo e realiza-lo no mês de Fevereiro o quanto antes iremos confirmar a nova data disponibiliza-la.

O seu ingresso já comprado estará valendo e seu lugar estará reservado para a nova data. Se você preferir pedir o seu dinheiro de volta mande um e-mail para boicotecampinas@gmail.com com os seus dados.

Pedimos desculpas pelo problema e queremos deixar claro que a organização do Boicote não teve qualquer envolvimento com o fechamento do espaço e que ficamos bastante chateados com a situação.

Recebemos a informação de que o espaço não sediaria o evento apenas na noite do dia 23/12 via Gustavo o proprietário do Anti-Matéria. Ele se protinficou a escrever uma carta explicando os motivos que o levaram a não disponibilizar o espaço para nós e assim que recebermos a carta iremos publica-la aqui no site.

Pedimos as mais sinceras desculpas e ficamos a disposição pra tirar qualquer dúvida no e-mail boicotecampinas@gmail.com ou nos telefones (19) 9234-6434 – (19) 9178-7455 – (19) 9207-1627

Good Coffee

Festival Boicote 3

Um dia após o Natal, acontece no Anti-Matéria em Campinas um show nostálgico das bandas Makazumba, The Blue John Incident, All Jokers, Alaska e Trastrio.

O evento é marcante pelo hiato de quase 7 anos desde sua segunda edição, em 2004, e relembra bandas que atuaram intensamente no rock alternativo independente de Campinas durante a primeira metade dos anos 2000.

Hoje em dia, todas as bandas que se apresentarão encontram-se ora suspensas, ora terminadas. Algumas delas se reciclaram, outras cindiram. Explico!

Sylvio, guitarrista do Makazumba continuou suas atividades fundando o Meia Lua e Soco. Sidnei e Pedro, guitarrista e vocalista respectivamente, do The Blue John Incidente agora tocam no Thriven. Serginho e Gagá, baterista e baixista do All Jokers, hoje atuam no Instiga. Do Alaska, o baixista Julio toca no Huaska, e o baterista K-Borja recentemente deixou o Cardiac. E, por fim, Sloth e Zazá, baterista e baixista do Trastrio, fundaram AQUëLES!

Anti-Matéria - 2004

Outra variável deste evento é o Anti-Matéria. No início da década, o local serviu como plataforma pra todas essas bandas e em todos os finais de semana, até o seu fechamento em meados de 2005, rolava shows onde se pagava de R$ 1,00 à R$ 5,00 . Não demorou muito para o estabelecimento se caracterizar como um headquarters de bandas e incubadora de amizades e contatos.

Desde então, quando o local fechou por pressão da vizinhança que não agüentava mais alguns excessos que o público fazia na entrada, o Anti-Matéria, que também é uma escola de música, fechou as portas para o grande público e reservando o ambiente apenas para apresentações de alunos e eventos de pequeníssimo porte. Este festival será o primeiro show em 5 anos de casa restrita, e por isso explicaria o limite de 150 ingressos para o controle do público.

Portanto, se no domingo (26/12) você estiver cheio de comida, de saco cheio de seus parentes e quiser curtir um som – muito bom, por sinal – vá ao Anti-Matéria prestigiar estas bandas. Os ingressos estão sendo vendidos antecipadamente no site www.boicotecampinas.com.br.

Texto: José Felipe Guatura

Good Coffee!