Arquivo in Sônia: América Latrina – “Demo 2003”

No começo dos anos 2000 uma infinidade de novas bandas surgiam na cidade de Campinas/SP, era um período de renovação no cenário local. Entre todas essas novas bandas surgia uma (talvez a menos importante delas) chamada América Latrina.

ALFormada por Marcelo Aranha (guitarra e voz), Raphael Sanchez (guitarra), José “Sloth” Felipe (bateria) e Héctor “Zazá” Vega (baixo) no começo de 2002, a banda América Latrina, que contava com um discurso basicamente politico e de protesto, entrava em estúdio para gravação de sua primeira demo. Nessa ocasião Sloth, que se encontrava afastado da banda, não participou das gravações, e a bateria então foi gravada pelo guitarrista Raphael Sanchez. A demo produzida de forma caseira, “artesanal” e experimental pelo músico e professor Primo, contou na época com uma tiragem limitada em CD-R.

Confira aqui!

Tracklist:

1 – Hipocrisia
2 – Liberdade Vigiada
3 – Não Importa Mais

Good Coffee!

Topysturvy em Campinas! (Entrevistamos Alexandre Lima)

No próximo sábado (27 de Abril) a excelente banda Topysturvy de Mogi das Cruzes/SP volta a se apresentar no Bar do Zé em Campinas/SP ao lado da banda carioca Malni que excursiona pelo interior de São Paulo neste final de semana.

Conversamos com o vocalista e guitarrista Alexandre Lima que nos contou um pouco dos planos da banda para esse ano entre outras coisas. Confira!!

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O Tupysturvy vem se destacando como uma das maiores revelações do interior paulista nos últimos anos. Conte como surgiu a banda, primeiros shows, formações…

A banda surgiu em 2005 formada por Alexandre Lima (eu) (guitarra e voz), Gustavo Rodrigues (bateria), André Marques (guitarra) e Guilherme Padovani (baixo). Ficamos com essa formação por mais ou menos 1 ano e meio. Após a saída do André e do Guilherme, o Athos assumiu o baixo e decidimos manter essa formação em trio que dura até hoje.

Essa é a segunda apresentação da banda no Bar do Zé (em Campinas/SP) certo? Qual a expectativa de vocês para o show de sábado (27/04)? 

Nós adoramos o Bar do Zé. Eu já havia tocado por lá com uma antiga banda minha, e essa vai ser a segunda vez com o Topsyturvy. Temos um puta carinho pelo lugar, o pessoal é incrível e os shows costumam sempre ser muito legais!

Essa apresentação é a penúltima data de uma extensa tour que vocês realizaram durante todo mês de Abril. Conte um pouco como foi (e está sendo) essa tour.

A gente tem rodado bastante. Desde o início do ano estamos com uma média de 2 shows por semana, o que na nossa atual situação é um número bastante significativo. Achamos fundamental para qualquer banda independente realizar o maior número de shows possível. Isso ajuda tanto na manutenção da performance ao vivo como na divulgação da banda. Fora o fato de que gostamos demais de tocar e isso pra gente não é nenhum sacrifício. Muito pelo contrário. É o que mais gostamos de fazer na vida, e quanto mais, melhor. 

promo

Quais os planos da banda ainda esse ano? Novas gravações, novos vídeos, tours? Já há algo planejado?

Vamos entrar em estúdio em maio pra gravação da segunda parte do nosso disco, chamado “Noises”. Já temos 5 músicas na net, e vamos completar com mais 5 para aí sim, prensarmos um material mais profissional.
Iremos gravar no estúdio do Chicão, que é baterista do La Carne, uma banda sensacional que somos fãs incondicionais. O estúdio é uma beleza só, e estamos bem ansiosos pra iniciar as gravações, apesar de ser um processo que eu particularmente detesto. Digo isso por mim, porque para o Gu e o Athos, creio que o processo não seja tão doloroso.
Depois que terminarmos as gravações, o plano é sair tocando pra tudo que é lado.

Recentemente vocês lançaram o excelente videoclipe “Thrash” que contou com sua direção e edição. Fale um pouco como surgiu a ideia para o vídeo? Quem mais participou da produção? E o gato Eurico?

A ideia surgiu em uma roda de cerveja entre nós três. Era pra ser um clipe com diferentes partes de corpos se misturando, mas quando começamos a gravar, a própria dinâmica da coisa foi nos levando para outro lado. 
No final, acabou ficando diferente do que imaginamos no início, mas o resultado foi muito satisfatório pra todos. Foi minha primeira experiência dirigindo, e espero que não seja a última. É uma linguagem que eu amo pra cacete e quero muito me aprofundar, sem nunca deixar o lado musical, que é a grande prioridade na minha vida. A produção foi realizada em parceria com a “APPA/Núcleo Cinergia – Interações Estéticas” e o “Laboratório do Coelho Grená”, que é uma micro produtora de vídeos. É o braço audio-visual do coletivo Poranduba, o qual nós três fazemos parte com mais 9 pessoas.

O Eurico é o meu gato, e mandou dizer que está muito atarefado para responder entrevistas no momento, mas adiantou que se for rolar outro clipe, quer condições mais dignas de um gato da sua estirpe, tal como camarim, ração de primeira, cama especial e mais bajulação.

 

Quais os planos da banda ainda esse ano? Novas gravações, novos vídeos, tours? Já há algo planejado?

Vamos entrar em estúdio em maio pra gravação da segunda parte do nosso disco, chamado “Noises”. Já temos 5 músicas na net, e vamos completar com mais 5 para aí sim, prensarmos um material mais profissional.
Iremos gravar no estúdio do Chicão, que é baterista do La Carne, uma banda sensacional que somos fãs incondicionais. O estúdio é uma beleza só, e estamos bem ansiosos pra iniciar as gravações, apesar de ser um processo que eu particularmente detesto. Digo isso por mim, porque para o Gu e o Athos, creio que o processo não seja tão doloroso.
Depois que terminarmos as gravações, o plano é sair tocando pra tudo que é lado.

Quais são as maiores influências da banda? O que vocês têm escutado?

Gostamos de bastante coisa. Não sei se consigo pensar de imediato em alguma banda que tenha sido referência direta na construção da identidade da banda. Obviamente os deuses do rock sempre serão referência, mas gostamos também de tomar referência por estilos, como jazz e suas vertentes, blues e música brasileira.

E em relação a música independente nacional? Quais bandas ou artistas novos você tem acompanhado e que poderia recomendar?

Pergunta complicada e perigosa, porque tem tanta gente boa que alguém pode ficar de fora por conta da minha falta de memória. Se eu esquecer de alguém, me perdoem, mas estou escrevendo exatamente às 16:20 da tarde.
Dando ênfase para as bandas de Mogi e região que estão na ativa: Hierofante Púrpura, Vício Primavera, Conte-me uma Mentira, La Carne, Sin Ayuda, Bangs, Infraaudio,Evora, Luzco, Polite.

Na sequência, várias bandas novas, mas que são de músicos velhacos na cena e extremamente competentes como: The September Guests, Formidável Morgana, Back in Bones, Robotnick, Psychotropics, Wrong.
Fora da região: Macaco Bong, Petit Mort (Argentina), Drama Beat, Espasmos do Braço Mecânico, Krias de Kafka, Núvens Invisíveis, Dr Mars, Nine Seconds Agression, curved, Hell’s Kitchen Project.

Sem dúvida nenhuma estou esquecendo de vários nomes. Não me levem a mal, por favor.

topsy

Falando em Mogi, como anda a cena independente por lá? Muitos shows e bandas novas rolando?

A cena de Mogi sempre foi muito intensa, com muitas bandas surgindo a todo momento. Esse ano sofremos duas baixas que ainda nem sabemos o quão significativas serão – para o lado negativo.
O Divina Comédia, que era um bar voltado para a música independente e uma grande referência para a cena local fechou as portas, e o Campus VI, outra grande referência, foi obrigado a interromper apresentações de música ao vivo em função de burocracias desnecessárias.
Em contrapartida, estamos correndo com novos espaços e os resultados tem sido sensacionais.
Falando em nome do coletivo Poranduba, digo que é um momento muito especial, pois estamos com um secretário de cultura totalmente aberto ao diálogo e disposto a ajudar no crescimento da cena, algo que nunca tivemos por aqui.

A cena de Mogi é bem insistente e está longe de ter um fim.

Espaço para você falar o que quiser.

“Information is not knowledge.
Knowledge is not wisdom.
Wisdom is not truth.
Truth is not beauty.
Beauty is not love.
Love is not music.
Music is The Best.”
― Frank Zappa

Para conferir a agenda e o trabalho da banda click aqui!

Good Coffee!

Arquivo in Sônia: The Blue John Incident (Vídeos Autorock 2004)

O Café in Sônia disponibilizou essa semana em sua página no Youtube quatro vídeos raros da extinta banda Campineira “The Blue John Incident” durante sua apresentação no Festival Autorock 2004. O crédito pelas excelentes imagens vão para a produção do Programa Valvulado na época transmitido pela TV Unicamp.

A banda “The Blue John Incident” apesar do pouco tempo de estrada (e vida) conquistou certa notoriedade no cenário independente de Campinas/SP entre os anos de 2004/2005, período esse onde surgia na cidade um movimento crescente de novas e ótimas bandas. TBJI em sua última formação contava com Pedro (voz), Sidão (guitarra) – ambos atualmente integrantes da banda Thriven – John (guitarra), Biro (bateria) e Bigode (baixo).

Confira os vídeos:

Good Coffee!